Associados da Cedea reúnem-se e tomam decisões

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Associados da Cedea – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados dos Diários e Emissoras Associadas se reuniram ontem 15/2 na sede do Sindicato dos Jornalistas para discutir a situação da cooperativa que está em fase de liquidação ordinária. A Cedea tem hoje cerca de R$ 600 mil em créditos, envolvendo empréstimos de mútuo e contas de telefonia, mas não tem tido êxito no recebimento, mesmo emitindo boletos de cobrança, pois os associados devedores não têm quitado suas dívidas, o que está inviabilizando o processo de liquidação. Este mês, até a data de ontem, nenhum boleto de cobrança tinha sido pago. Com isso, as dívidas se acumulam e avolumam deixando a situação insustentável.

Já existem ações trabalhistas em andamento de ex-funcionário da Cedea, envolvendo acerto rescisório pendente, e não há recursos para a manutenção das despesas da sede da cooperativa. Aluguel, telefonia, NET, IPTU não estão sendo pagos.

A falta de recursos afeta também a cobrança judicial e a negativação dos devedores e avalistas no Cadastro do SPC. Para tentar resolver esse impasse, ficou decidido que será feita uma campanha com os cooperados adimplentes para arrecadar recursos para colocar no SPC o nome de todos os devedores e seus avalistas. Cada colaboração para subsidiar esse custos do SPC será de R$15. Também ficou acertada a transferência temporária da cooperativa para o Sindicato dos Jornalistas, até a regularização das dívidas e até que a Cedea possa se sustentar em uma sala própria.

Os cooperados aprovaram ainda a entrega da cobrança das dívidas a um escritório de advocacia que vai proceder à execução com juros e correção monetária. Caso esses recursos não sejam viabilizados, serão tomadas medidas judiciais, que podem levar, através da nomeação de um administrador judicial, ao rateio de todas as despesas e obrigações, onerando todos associados e prejudicando os adimplentes.

Foi esclarecido ainda para os cooperados como será feita a possível restituição de cotas. Todo cooperado tem direito a devolução de parte de suas cotas pagas ao longo do tempo em que foi associado, mas isso só pode ser feito depois da pagamento dos débitos (trabalhista, tributário, despesas e manutenção da cooperativa) e essa devolução (caso haja sobra de recursos) tem que ser feita a todos cotistas, sendo a Cedea impedida, pela lei e pelo princípio da isonomia, de escolher a quem devolver ou não os valores de cotas.

A Cedea tem uma ação em andamento da Tim com um um crédito favorável já reconhecido, em perícia contábil, na primeira instância da Justiça, mas se a empresa recorrer ela pode demorar anos para ter sentença final. Em caso de sucesso na ação, esse dinheiro será usado para pagar as cotas, mas não há prazo para isso.

Também foi esclarecido que não é possível, como tem sido propagado, o abatimento das dívidas nas cotas durante o processo de liquidação. Isso não é permitido pela legislação que trata da liquidação (Lei nº 6.024/74). Todos os devedores serão executados ou pela cooperativa ou pela própria justiça em caso de liquidação judicial, o que a cooperativa tenta evitar. Uma auditoria de crédito já foi feita por uma empresa especializada nesse tipo de serviço e todos os valores devidos já foram levantados. O próximo passo, assim que levantarmos os recursos, é a contratação de uma nova auditoria, dessa vez para verificar a possível existência de irregularidades na gestão da cooperativa, que levou à liquidação ordinária.

Foi informado ainda que todos os cooperados de 2014 até hoje, independentemente de permanecerem ou não na Cedea, serão responsáveis, através de rateio, pelas dívidas trabalhistas dos demitidos que já acionaram a Justiça e de todo passivo levantado na fase de liquidação, caso os devedores continuem inadimplentes. Os processos trabalhistas estão em andamento, mas não houve acordo em função da falta de recursos da Cedea. Quanto mais esse acordo for protelado, maior a dívida, já que sobre ela incidem juros e correção monetária.

Foi definido ainda que será dado um prazo até o dia 15 de março de 2017 para que os devedores procurem a Cedea para renegociar suas dívidas com abatimento de juros e parcelamento. A partir desse prazo, a cobrança será judicial com valores corrigidos com juros e correção monetária, e serão acionados tanto o devedor quanto os avalistas.

Maiores informações, encaminhe e-mail: liquidantecedea@uai.com.br, cujo atendimento vai ser programado, neste mês de fevereiro, no horário de 14h às 16h, podendo também entrar em contato no Estado de Minas com Alessandra Mello (ramal 5165), Margareth Alvarenga (ramal 5328) e Leone Machado (5364).

[16/2/17]

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