Patrões não querem pagar nem ao menos o INPC

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Apesar da alta da inflação, que corroí salários e o poder de compra, os patrões insistem em não pagar a reposição da inflação para os jornalistas que trabalham nas emissoras mineiras. A inflação acumulada registrada na data-base da categoria, dia 1 de abril, foi de 6,9%, mas a proposta é para o pagamento somente da metade desses valores. Sem abono, e sem nenhum tipo de ajuda de custo para quem está em teletrabalho, arcando, na maioria das vezes, sozinho com despesas de telefone , internet e energia elétrica.

A proposta de pagar a metade da reposição da inflação foi rejeitada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais que já apresentou uma contraproposta para os patrões de pagar 6,9% para quem ganha o piso salarial, 6% para quem ganha acima, retroativo à data-base, ajuda de custo de R$ 100 para quem estiver em trabalho remoto e R$ 1500 de abono salarial para quem trabalha na capital. Algumas emissoras de TV já anunciaram para os trabalhadores a antecipação do pagamento de uma reposição de 3,5%.

No caso dos jornais, revistas e sites, sem convenção desde 2017, a proposta é o pagamento do INPC acumulado de 2018 a 2021. O comando do sindicato patronal das empresas proprietárias de sites, jornais e revistas mudou e as conversas, interrompidas desde 2019, foram retomadas, mas ainda não há proposta concreta. Os sindicatos que representam os trabalhadores desse segmento (jornalista, gráficos e administração) já enviaram suas propostas e aguardam uma resposta.

No jornal O Tempo e Rádio Super as negociações foram retomadas. A proposta do SJPMG é que a empresa siga as Convenção Coletivas de Trabalho (CCT) assinadas pelos sindicatos de jornalistas e radialistas com os patrões em 2020, já que não houve renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), firmado entre a empresa e as entidades que representam os trabalhadores. Mesmo caso da Rádio Inconfidência que não renovou a ACT e não seguiu a CCT.

No caso das assessorias de comunicação, como não há sindicato patronal, as negociações devem ser feitas individualmente entre o sindicato e as empresas. Nesse caso, elas serão chamadas para uma discussão direta mediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego a partir da pesquisa feita pelo sindicato com os jornalistas assessores de comunicações que responderam a enquete (responda a pesquisa aqui). Uma convenção já foi fechada entre o SJPMG e a FNAC (Federação Nacional de Cultura) garantindo 5% de reposição da inflação para os assessores de comunicação.

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