SINDICATO RECEBE JORNALISTAS QUE ATUAM EM ASSESSORIA DE IMPRENSA E APRESENTA PERFIL DESSE SEGMENTO

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Diversos jornalistas que atuam como assessores de imprensa participaram da apresentação do perfil dos jornalistas assessores de Minas Gerais, na última terça-feira, dia 6 de maio, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas. O perfil é fruto do Diagnóstico do Segmento de Assessoria de Imprensa de Minas Gerais, pesquisa realizada pela entidade entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025. Em seguida, cada um dos presentes se apresentou e falou sobre a realidade de seu trabalho e suas questões. Em seguida, houve o lançamento do curso de Gestão de Redes Sociais para Jornalistas em Assessoria, uma das principais demandas surgidas no diagnóstico. Os jornalistas foram recebidos com um lanche, como forma de demonstrar cuidado da entidade com seus convidados.

Durante a abertura oficial do evento, Lina Rocha, presidente da entidade, deu boas vindas a todos e ressaltou a importância do assessor de imprensa para o segmento. “Para o Sindicato não há diferença entre jornalistas. Não importa se o profissional trabalha em redação, agência, empresa, governo executivo ou legislativo, de forma independente, ou até mesmo em outro lugar. Repórteres ou assessores todos somos jornalistas e sofremos as mesmas dores da precarização”, enfatizou.

Para desmistificar essa falácia, o Sindicato organizou uma Comissão com o objetivo de aproximar mais a Casa dos assessores de imprensa. “Queremos escutar, saber quais são as demandas do dia a dia da assessoria e como podemos colaborar melhor com esses profissionais”, completa.

A presidenta lembrou ainda que o Sindicato organizou um diagnóstico e inicialmente esperava que 50 assessores de imprensa respondessem, contudo houve mais de 150 respostas. “A nos dispomos a abrir esse espaço de troca de experiências”, completa.  

A perfil detectou que houve aumento na precarização dos assessores de imprensa, que a maioria trabalha até mais de oito horas por dia, o salário abaixou e muitos estão contratados como Pessoa Jurídica, mas sendo cobrados como CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e realizam mais tarefas do que aquelas combinadas quando foram contratados.

Espaço de troca – Programado para ter, menos de duas horas, o evento ultrapassou três horas e os jornalistas não queriam ir embora.  Arthur Santana, que trabalha na Fundação Clóvis do Salgado, considerou o evento muito muito enriquecedor, “Foi um ótimo espaço de troca, de compartilhar experiências e mesmo angústias. Mas acima de tudo, foi um lugar de esperança de poder delimitar a saída possível”, comenta.

Outra que também aprovou o evento é Marcia Queiroz, que trabalha como Assessora de Imprensa Independente. “Achei importante conhecer a realidade, a experiência de cada um e buscar caminhos que eu posso melhorar na situação, acabar com essa precarização, pelo menos, tentar buscar caminhos para exercer melhor a profissão”, disse.

Fórum – Diante da grandeza do evento, Ana Amélia Maciel, Assessora de Imprensa da Prefeitura de Cachoeira da Prata, alertou que o evento não foi uma simples reunião e pode ser considerado o 1º Fórum de Assessores de Imprensa de Minas Gerais.  Ela explicou que a principal diferença entre uma reunião e um fórum reside no objetivo e na dinâmica da interação. Uma reunião geralmente tem um propósito específico e um grupo de pessoas com um objetivo em comum, enquanto um fórum é um espaço para discussão aberta e compartilhamento de ideias, frequentemente envolvendo um público mais amplo.

 Contudo ela ressaltou que o evento foi bem mais amplo, “O que está acontecendo aqui é um Fórum. “O Sindicato promoveu um debate e o conhecimento sobre um tema específico, ofereceu um espaço para que diferentes perspectivas fossem apresentadas e discutidas, houve participação, interação, perguntas, comentários e sugestões sendo incentivadas”, disse.

Ela ressalta ainda que o momento foi um pontapé inicial para a união da classe dos jornalistas em assessoria de imprensa. “Precisamos quebrar esse estigma de que assessor de imprensa não é jornalista, isso é um conceito velho e ultrapassado. Esse debate nos mostrou que juntos podemos mudar essa realidade, que unidos vamos fomentar capacitações, trocar informações e experiências. Se as nossas dores são as mesmas, as soluções também são. Sozinhos nossa luta parece que é uma guerra invencível, mas juntos essa luta vira uma simples batalha que podemos vencer”, finaliza.

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