Desafios da Assessoria de Imprensa- ontem, hoje e no futuro

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Sandra Mara
Jornalista | Diretora do SJPMG

O trabalho de assessor de imprensa é recente no mundo do jornalismo. Surgiu no começo do século XX, mais precisamente no ano de 1906. O seu criador foi o jornalista Yvy Lee, que passou a reverter crises de seus clientes por meio da opinião pública. Ele buscava a divulgação de informações positivas sobre seus representantes, utilizando da imprensa informativa e gratuita.  Em se tratando de Minas Gerais, praticamente não existia a função de assessor de imprensa, há 60 ou 50 anos. Além disso, aquelas que surgiram há cerca de 50 anos eram minúsculas se comparadas às empresas que existem hoje.

Um dos pioneiros no segmento do segmento de Assessoria de Imprensa, na capital mineira como empresa estruturada é José Renato Lara. Zé Renato, como é mais conhecido entre os amigos e funcionários, sempre atuou na área empresarial, se formou em Jornalismo e Publicidade pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1988. Assim que deixou a faculdade, trabalhou no Grupo Mendes Júnior por quatro anos e em 1993 abriu a Interface Comunicação Estratégica, ou seja, há exatos 31 anos. 

“Não fui o precursor nessa área, quando abri a Interface, já existiam outras empresas do segmento de assessoria de comunicação em Belo Horizonte. Mas esse mercado não era maturado, como é agora. Só as grandes organizações tinham assessoria e muitas delas não davam valor a esse trabalho. Junto com as poucas outras empresas de comunicação, que existiam na época, realizei um trabalho de conscientização e valorização deste segmento”, conta

Ele informa ainda que aos poucos os proprietários de empresas foram percebendo a necessidade de cuidar da imagem das suas organizações. A partir de então, foram se estruturando e criando seus departamentos de Comunicação ou mesmo contratando esse serviço de forma terceirizada. E isso fez o mercado crescer. “Quando eu abri minha empresa, existiam outras 10 neste ramo, hoje existem mais de 50”, afirma.

Desafios 

Para José Renato, quem trabalha com assessoria de comunicação hoje enfrenta desafios maiores se comparado com quem trabalhava no início.  Antes havia mais veículos tradicionais e a facilidade de conquistar espaço na mídia era maior. “Atualmente existem menos veículos. E aqueles que existem atingem um público menor, como os jornais impressos, por exemplo. Houve uma expansão de veículos especializados, e a mídia online está se tornando o principal leque do mercado”, diz.

Ele ainda destaca que, para trabalhar numa agência de assessoria de comunicação, é necessário que o jornalista tenha um perfil diferenciado, entre elas, saber lidar com diferentes clientes, ter conhecimento de gestão de crise, possuir qualidade no atendimento, conhecer e manter um relacionamento direto com repórteres de redação, ter bom texto, além de percepção do que é ou não notícia.  É necessário ainda que o profissional tenha cursos de marketing digital, redes sociais, inglês, língua portuguesa e redação.

Uma das coisas que o fundador da Interface Comunicação tem orgulho é que os funcionários de sua empresa e de outras do ramo costumam pedir demissão para ir para empresas maiores, até mesmo em multinacionais. “Nossa agência é uma espécie de vitrine para os assessores de imprensa alçar novos voos. Me sinto orgulhoso de saber que contribuímos para o crescimento profissional de muitas pessoas”, comenta.

Apesar de todas as mudanças e desafios da atualidade, ao ser perguntado se abriria uma empresa de assessoria de comunicação novamente, caso pudesse voltar para 1993, ele é enfático. “Abriria sim, faria tudo de novo e da mesma forma. Sou grato por estar neste mercado e por tudo que ele me proporcionou e que proporciona para as pessoas que trabalham comigo”, ressalta. 

Assessoria na veia 

A jornalista Rosânia Felipe Souza pode ser definida como uma pessoa que tem a assessoria de comunicação no sangue.  Ela concluiu o curso de jornalismo em 2009, no UNI BH, mas tem experiência nesta área da comunicação social, especificamente com assessoria de imprensa, desde 2006.  Antes de se formar estagiou em diversos lugares, entre eles, na empresa Primeiro Plano Comunicação como voluntária; na Comunicação e Consultoria VFazitto; na Assembleia Legislativa de Minas Gerais; e na Escola de Enfermagem da UFMG. 

Rosânia Felipe Souza, Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que está ao centro. Juntamente com a diretores da Escola de Enfermagem. Na foto ela recebe a medalha de reconhecimento profissional oferecida pela instituição.

Quando se formou em 2009, seu primeiro emprego como jornalista foi na Agência Atitude Comunicação e desde 2010 ela coordena a Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG).

Seu dia a dia de trabalho é bem puxado.  Ela faz apuração e redação de matérias diversas; produção de textos e matérias para o informativo interno, newsletter semanal; atualização de notícias do site e jornal mural; produção de releases e atendimento à imprensa; cobertura de eventos (fotos, vídeos e matérias para o site). 

Além disso, assessora professores, estudantes e servidores técnico-administrativos em atividades de comunicação e produção de conteúdo, texto, imagem e vídeo, para as Redes Sociais da instituição.

Mas não são as tarefas diárias que ela acha mais desafiadoras na profissão. “Acredito que o maior desafio de um assessor é gerenciamento de crises, ainda mais com a era digital, que as informações chegam com velocidade máxima. Por isso, é necessário estar muito bem preparado para administrar”, conta.

A jornalista desenvolve seu trabalho com tanta dedicação que no ano passado, recebeu uma medalha de reconhecimento profissional no evento de comemoração dos 90 anos da Escola de Enfermagem da UFMG. “Essa foi uma grandiosa conquista nesses quase 14 anos de EEUFMG. Para o futuro, busco realizar meu trabalho sempre com excelência e alçar voos cada vez mais altos”, destaca.

Comunicação no Legislativo 

Rita Mendes, Coordenadora de Comunicação do Bloco Democracia e Luta, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

Para Rita Mendes, Coordenadora de Comunicação do Bloco Democracia e Luta, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), as mudanças ocorridas nos últimos anos em órgãos públicos são gritantes.A explosão digital torna cada vez mais volátil a forma como a sociedade se comunica, o que interfere diretamente no dia a dia da Comunicação. Uma assessoria eficaz vai muito além da simples divulgação de informações e de um bom relacionamento com a imprensa. Hoje, uma boa estratégia de assessoria passa pela integração entre todas as áreas da comunicação”, explica.

Ela ressalta que, diante da necessidade de adaptação da mensagem às diferentes linguagens e às novas tecnologias e ferramentas que vão surgindo, cresce no legislativo também a demanda pela implantação e ampliação das assessorias de comunicação – e não apenas de imprensa. “Os gestores que entendem a importância de uma equipe multiprofissional para uma comunicação eficaz conquistam um melhor posicionamento de marca e institucional. No entanto, o entendimento sobre a necessidade desse investimento ainda é um desafio, por isso acredito que essa seja uma área de grandes possibilidades e que ainda tem a crescer muito”, completa.

O perfil dos profissionais que trabalham em departamentos de comunicação no parlamento também está mudando.  “Se, por um lado, existem órgãos públicos que estão profissionalizando cada vez mais a sua comunicação, com profissionais especializados em cada área, por outro, percebo que também cresce a busca por aqueles profissionais com multi-habilidades, que estão constantemente se reinventando e que são capazes de absorver as inúmeras demandas que surgem”, complementa.

A Coordenadora de Comunicação avalia ainda que além das competências técnicas, que vêm com uma boa formação acadêmica, o mercado busca profissionais conectados com as novas tecnologias e com capacidade de adaptar a comunicação ao seu público específico e às ferramentas que podem ser exploradas neste mundo cada vez mais digital, complexo e global.  “E já que, atualmente, uma comunicação eficaz se faz de forma bilateral, com interatividade e mensagens que aproximem emissor e receptor, também são imprescindíveis habilidades como escuta ativa, empatia, resiliência, agilidade e pensamento criativo”, lembra.  

Para finalizar, ela observa que percebe avanços na formação do profissional desta área.Percebo que as faculdades têm buscado adaptar os cursos da área de comunicação (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Marketing e Relações Públicas) às novas demandas. Entretanto, com um mercado cada vez mais volátil e dinâmico, também é preciso buscar outros conhecimentos e desenvolver novas habilidades”, conclui.

Comunicação no Executivo 

Luciana de Melo Borges, Assessora Chefe de Comunicação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais

Luciana de Melo Borges, Assessora Chefe de Comunicação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, adverte que com o avanço das redes sociais como veículos de informação, e não só entretenimento, atuar com a presença do social media nas assessorias de comunicação tornou-se  algo necessário na comunicação executiva. A assessoria de comunicação precisa compartilhar informações em várias frentes mantendo o tradicional release, matérias especiais, coletivas de imprensa, entrevistas exclusivas como atuava antes, mas precisa também estar ativa nas redes sociais. Os perfis oficiais das pastas do executivo no Instagram, por exemplo, funcionam como um canal importante de prestação de serviços, de divulgação, interação e cobertura online. 

“Portanto, é necessário que as assessorias de comunicação entendam a linguagem visual e o formato desse segmento. Estar de forma dinâmica nas redes sociais, linhas de transmissão e grupo do whatsapp, sem perder a qualidade do trabalho já executado nas assessorias de imprensa é caminhar num formato adequado”, explana Luciana.  

Ela ressalta, ainda, que a comunicação está cada vez mais visual, instantânea, portanto os conteúdos devem sempre prever bons vídeos, fotos aliadas a boas legendas. E com rapidez. Infelizmente, nos submetemos a mais tempo de tela, felizmente reduzimos o consumo de papel e a produção de cartazes.  “A produção de folheteria diminuiu drasticamente. De toda forma, enxergar a notícia é talento que nunca saiu de pauta. E saber compartilhar o conteúdo de forma clara com a população é tarefa eterna no nosso ofício de jornalismo”, destaca.

O perfil dos profissionais que trabalham em assessoria em órgão executivo mudou muito.  Atualmente a equipe que ela coordena conta com um perfil híbrido. Parte composta por profissionais com experiência em redação, entendimento do que é notícia, hierarquização dos temas, relevância, objetividade, clareza no texto, alma de repórter, interesse pela história dos personagens, enfim características de um bom jornalista de mercado. A outra parte formada por profissionais nativos de internet, que sabem montar reels, vídeos curtos, entendem de logaritmos, horários de posts, planejamento, comportamento e novidades das redes sociais.

Quando surgiu o Bug da Foto Gigante no Instagram, que era um novo recurso para ampliação das fotos, já no primeiro dia de lançamento foi aplicada pela sua equipe de trabalho. “Portanto é um conhecimento que requer atuação frenética. Há também de se registrar a importante atuação do designer gráfico para embalar nosso trabalho e profissional destinado ao setores de fale conosco formais, como ouvidoria, portal”, completa.  

Rotina contínua 

Luciana esclarece ainda que há de se entender que a assessoria de comunicação não é uma alternativa para o profissional que quer evitar plantões ou ter uma vida mais planejada da rotina das redações. “Talvez a minha experiência seja de pastas que demandam muito: saúde e cultura/turismo. Portanto, há trabalho nos feriados, eventos a noite, ano novo, carnaval… então uma habilidade é entender que o trabalho, com escalas, deve ser mantido pois é uma prestação de serviços, por vezes essencial”, elucida.  

Outra característica é ter interesse em se especializar no tema, assim como ocorre nas editorias das redações. Ter interesse pela notícia a ser divulgada e aprofundar no conhecimento. Habilidade de continuar pensando como repórter entendendo o que é notícia, prazos da redação, horários de acionar produtores/pauteiros, saber ter escuta acompanhando entrevistas para fornecer dados que devem chegar posteriormente.  

Planejar o trabalho com a equipe e a estratégia de comunicação para que a informação seja amplamente acolhida e tenha alcance. Ser construtivo em reuniões com área técnica para esclarecer e planejar como e quando os temas devem ser apresentados à sociedade.

A assessora chefe de comunicação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo conta que possui não perfil acadêmico e sim de mercado, do exercício da profissão na prática. “Aprofundando o conhecimento com pessoas que tenho como referência, me aconselhando e trocando experiências.  Quando cursei jornalismo ( 94 a 98), a formação era bastante voltada para o trabalho em redações, o que era o meu foco mesmo na época.  A experiência de trabalhar em assessoria quebrou para mim muitos paradigmas e trouxe a não rotina como existe de quem está no front da notícia. É um trabalho mais especializado e que traz surpresas e desafios com a lida da comunicação”, destaca.

Assessor de Comunicação Independente 

Mariana Cordeiro, Assessora de Comunicação Independente

No turbilhão de mudanças que acontece diariamente neste segmento, surge um novo perfil de trabalhador desta área, o Assessor de Comunicação Independente. Apesar de ser confundido com os tradicionais “freelas”, esse profissional se diferencia por trabalhar sem estar ligado a nenhuma empresa, não ter vínculos trabalhistas, não está procurando emprego e não se define como agência.  Além se serem muitos, chegam novos profissionais nessa área a cada dia.

“Conheço muitos assessores de imprensa independentes e acho sim que o perfil de trabalho está mudando, porque as grandes agências trabalham com grandes projetos e se dedicam mais a eles. Já os assessores independentes, além de trabalharem sozinhos, fazem parcerias, e possuem um perfil diferenciado para atender pequenos projetos, ou seja, aqueles que nem sempre são alvo das grandes agências, explica a jornalista Mariana Cordeiro, que se define como Assessora de Comunicação Independente.

Assim como todos que trabalham desta forma, ela não gosta de ser chamada de freela. “A ideia do freela é que o profissional tem um trabalho maior, que é o seu trabalho fixo, e faz um trabalho aqui e outro ali para complementar renda. Ou aquele que foi despedido de uma grande empresa e está fazendo “bicos”, para complementar renda até arrumar outro trabalho. Não me enquadro em nenhum desses dois exemplos citados acima. Me defino como uma Assessora de Comunicação Independente porque trabalho sozinha, sem vínculo com uma empresa, eu mesmo fecho o trabalho com o cliente, crio o plano de trabalho de acordo com as característica dele. E acho que eles gostam, porque sempre voltam quando tem um novo projeto e me indicam para outros”, explica Mariana Cordeiro.

Ela ressalta ainda que já trabalhou em agência e não se adaptou. “Já trabalhei em agência e não me adaptei à dinâmica de trabalho. Me contrataram como home office, mas de repente virava presencial de 9h às 21h. Além disso, só um jornalista atendia um monte de clientes, sem ganhar mais por isso. Achei a dinâmica injusta. Além disso, a agência te obriga a trabalhar num formato estipulado por eles e que muitas vezes não valoriza a experiência do profissional contratado”, conta Mariana Cordeiro.

Ela ressalta ainda que alguns assessores independentes estão na iminência de construir uma agência. Mas num formato de agência diferente daquelas que já existem no mercado.

A assessoria e o futuro da profissão 

 Foto 5 – Maria Julia Rodrigues, Bacharelanda em Jornalismo, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Maria Julia Rodrigues, estuda Bacharelado em Jornalismo, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Jovem de 20 anos, residente em Belo Horizonte há apenas um ano, natural de Cunha-SP e ex-moradora de Paraty-RJ. “Mudei-me para BH sozinha, sem conhecer a cidade, exclusivamente para cursar a faculdade, e desde que decidi qual curso faria, soube que seria na UFMG. Fui aprovada no SISU em 2022, mas decidi me planejar financeiramente e trancar dois períodos, iniciando apenas em 2023”, explica.

Mesmo com pouca idade, Maria Júlia Rodrigues, já fez outros cursos. Durante o ensino médio, estudou em um curso técnico de química da USP, em Lorena-SP, mas devido à pandemia, precisou se mudar para Paraty com sua mãe, onde começou o Curso Normal de Formação de Professores, antigo Magistério.

Logo após a sua formatura, trabalhou nas escolas públicas municipais como auxiliar de alfabetização. No seu tempo livre, tem muitos hobbies, como fotografia, pintura, é musicista e apaixonada por canto e dança, além de já ter feito alguns trabalhos como modelo.

 Diversos fatores levaram a estudante a escolher a comunicação como carreira, mas ela acredita que os principais motivos estão enraizados desde a sua infância: a curiosidade, o desejo de explorar diferentes assuntos e o interesse pelo audiovisual. “O interesse pela comunicação sempre fez parte da minha vida de maneiras diversas. Desde a infância, eu era uma criança curiosa e dedicada a atividades que exercitavam a expressão. À medida que crescia, participei de grêmios escolares, gostava de discursar e participar de concursos de redação”, admite.

 Ela pode ser considerada uma jornalista nata. No ensino fundamental, entrou para o clube de leitura da escola e ajudou a desenvolver o jornal escolar, onde teve a oportunidade de entrevistar pessoas importantes para a história da sua cidade. “Essa experiência e os conselhos que recebi, me inspiraram a seguir na área da comunicação. Além disso, ao encontrar uma câmera digital da minha mãe, despertei um interesse maior pela fotografia. Quando me mudei para Paraty, passei a ser voluntária no setor de comunicação da Casa de Cultura, onde tive contato com diversos profissionais da área cultural formados em jornalismo”, conta.

Apesar de ainda estar no início do curso, Maria Julia já estagiou em assessoria de comunicação em gabinete parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e, atualmente, faz estágio no Conselho Regional de Engenharia de Minas Gerais (Crea-MG) também em assessoria de imprensa. “Antes de iniciar o curso, eu não conhecia essa área, mas percebi o poder que um jornalista tem dentro de uma organização para prevenir ou conter uma crise, e até mesmo influenciar de alguma forma o que será exposto para discussão pública”, diz.

 Ela acha que o jornalismo oferece um leque amplo de oportunidades e a área está em constante evolução. Atualmente, trabalha com redes sociais, que está em destaque, mas acredita que as tendências podem mudar até ela se formar. “O formato da assessoria também está passando por transformações, com o uso de ferramentas de inteligência artificial. Se utilizadas adequadamente, essas ferramentas podem agilizar muitas tarefas, tornando o trabalho mais ágil. “Comecei o curso com um foco muito forte na produção audiovisual, mas ao longo das minhas experiências e ao observar profissionais da área, desenvolvi um grande interesse pela assessoria de comunicação, principalmente no âmbito cultural”, analisa.

Dificuldades  

A grade do curso de jornalismo da UFMG lhe atraiu por abranger diversos pontos que despertam o seu interesse. Na UFMG, ingressam 40 alunos a cada ano no primeiro semestre, no turno noturno, e 20 alunos no segundo semestre, no período diurno. Como ela está no terceiro período, a turma já está mais diversificada. Portanto, algumas disciplinas têm mais alunos do que outras devido à oferta de optativas para outros períodos e cursos.

Ela considera que sua maior dificuldade no momento, em relação ao curso tem sido conciliar os estágios com o trajeto entre eles e o campus da UFMG, devido ao trânsito e aos horários de ônibus. “Apesar do curso exigir uma determinada carga horária de estágio obrigatório, alguns docentes não são tão compreensivos com estudantes do período noturno. Já levei falta por apenas 5 minutos de atraso para a aula”, afirma. 

Como sua família mora em outro estado e ela se mudou sozinha para Belo Horizonte, estagiar logo no início do curso acaba sendo uma necessidade. “Não consigo negar que vejo uma diferença de tratamento dos docentes entre os alunos que têm tempo livre e aqueles que estudam ou trabalham em outros turnos. Como gosto de participar das aulas, muitas vezes me sinto cansada de estar fora de casa o dia todo”, completa.

 

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