Tendências no jornalismo: vulnerabilidade e Tik Tok em alta, big techs recuam. E mais

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destruição em gaza - reprodução do X/twitter
destruição em gaza - reprodução do X/twitter

Acontecimentos e novidades que sinalizam tendências do mercado de comunicação no Brasil e no mundo

Jornalismo está mais vulnerável do que nunca. E tende a ficar mais diante da evolução da política assassina de Israel, estimulada por omissão e ação pelos Estados Unidos, com o apoio integral dos conglomerados de comunicação. A parcialidade faz parte do relacionamento. Em 2021, o site Diálogos do Sul mostrava como a cobertura da mídia brasileira se coloca a favor da ocupação de Israel, enquanto ataca palestinos.

No processo de desgaste, os jornalistas estarão ainda mais vulneráveis, Mais do que nunca. Relatórios de órgãos de fiscalização do exercício do jornalismo revelam um quadro sombrio para os profissionais de imprensa em todo o mundo. Pelo menos 27 jornalistas foram mortos no atual conflito Israel-Hamas, de acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Palestinos são a maioria sbsoluta, vítimas de ataques israelitas na Faixa de Gaza.

De acordo com um relatório da UNESCO publicado em 2021, um jornalista foi morto em média a cada quatro dias desde o início da década de 2010. O que é mais alarmante no relatório é que a esmagadora maioria dos crimes cometidos contra jornalistas ficam impunes.

América Latina: liderança em mortalidade

Mesmo sem conflitos, os países latino-americanos são altamente perigosos para os jornalistas. Segundo o CPJ, a América Latina foi “a região mais mortal para a imprensa” em 2022, “com 30 jornalistas mortos, o que representa quase metade dos 67 jornalistas e trabalhadores da comunicação social mortos em todo o mundo”.

“Em toda a América Latina, os jornalistas que cobrem o crime, a corrupção, a violência de gangues e o ambiente foram considerados os que correm maior risco”, acrescenta o relatório.

O TikTok tem a expansão mais rápida da internet

Segundo o Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, um em cada cinco usuários de 18 a 24 anos (20%) usam a plataforma para obter notícias, e quase metade desse grupo etário (44%) usa a rede regularmente. Isso oferece aos veículos que querem atingir audiências jovens uma evidência forte de que a presença no TikTok realmente precisa ser parte do seu portfólio.

Programa de rádio canadense vira sucesso do TikTok

Uma rádio pública do Canadá, a CBC, desvendou o mistério sobre um quebra-cabeça para o segmento: como utilizar a mídia social TikTok de forma eficiente e conseguir uma audiência suficientemente forte para justificar o investimento. A emissora passou sete anos criando conteúdo para Instagram e YouTube. Em dois meses obtiveram mais visualizações na plataforma de vídeos curtos.

O canal tem um programa semanal de perguntas e respostas, o “CBC Because News“, já com 34 milhões de visualizações e 43 mil seguidores. “Estamos alcançando um novo público que nunca nos encontraria nas rádios públicas”, comemora a produtora executiva Elizabeth Bowie, em matéria publicada pelo site NiemanLab. Com mais de duas décadas de atividade em rádio, ela percebe que a mídia pública precisa ser criativa, especialmente se quiser atrair públicos novos e mais jovens.

Elizabeth Bowie, produtora executiva

CBC, rádio pública do Canadá

“Não se trata mais de rádio e não se trata mais de áudio. É tudo uma questão de audiência e encontrá-los onde eles estão”

Big Techs revisam relacionamento com o jornalismo

As Big Techs, mega corporações de tecnologia, dominantes do mercado de plataforma, sinalizam uma debandada dos negócios com notícias. Isso mesmo. “Alguns executivos das maiores empresas de tecnologia, como Adam Mosseri, do Instagram, afirmaram, em termos inequívocos, que inserir notícias nos seus sites pode muitas vezes ser mais problemático do que valer a pena, porque gera debates polarizados”, aponta matéria publicada pelo New York Times.

Tráfego em queda

Adrienne LaFrance, editora executiva do The Atlantic, avalia que há um descolamento entre as mídias. “Embora o tráfego social sempre tenha passado por períodos de expansão e queda, a queda nos últimos 12 a 18 meses foi mais severa do que a maioria dos editores esperava”.”.

E daí

A mídia corporativa, formada por Organizações Globo, Estadão e Folha de S. Paulo, além dos grupos locais, sonha com o dia em que vão receber uma parte da receita do Google. Na verdade, é uma expectativa global. Pela movimentação das big techs, ao buscar distância das notícias, quem esperar a volta dos melhores tempos do jornalismo deve reservar uma cadeira.

Google disponibiliza três novas ferramentas para combater desinformação

A Google disponibiliza a partir de hoje três novas ferramentas que combatem a desinformação, permitindo “obter mais contexto sobre as imagens e fontes que encontra”, onde se inclui a “experiência de pesquisa generativa”, de acordo com comunicado da empresa.

JORNALISMO EM DADOS

Brasil registrou, em abril, o maior número de trabalhadores com carteira assinada da história: 43 milhões.

Para cada 10 trabalhadores com carteira assinada, há três microempreendedores individuais (MEI)


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