Manifesto assinado por entidades como Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Rede Andi, Coletivo Intervozes, Conselho Federal de Psicologia, Instituto Sou da Paz, Instituto Noa e por personalidades como a deputada federal Luísa Erundina (PSOL-SP) pede o fim do financiamento publicitário dos programas chamados de “policialescos” veiculados por emissoras de rádio e televisão.
“Ao se valer de sensacionalismo e violência, tais programas violam sistematicamente inúmeros direitos humanos, se aproveitam da exposição indevida da imagem de vítimas e acusados, da promoção do racismo, do machismo e da homofobia, além de legitimarem e estimularem violências institucionais, como a policial, para atrair audiência”, argumenta o manifesto.
O manifesto traz também o estudo Violações de direitos na mídia brasileira, publicado em 2015 e que acompanhou 28 programas do gênero durante 30 dias, em 10 estados brasileiros. Ele constatou mais de 4.500 violações de direitos, 8.232 infrações às leis brasileiras, 7.529 infrações a acordos internacionais e 1.962 desrespeitos a normas autorregulatórias nas matérias apresentadas.
“Acreditamos que o financiamento de violações sistemáticas a direitos fundamentais não faz parte dos valores dessas instituições. Deste modo, convocamos empresas públicas e privadas a reverem seus planos de publicidade, manifestando-nos pelo fim do financiamento de tais violações, especialmente dos direitos de crianças e adolescentes, prioridade absoluta em nosso país, conforme determina o artigo 227 da Constituição Federal”, resume o texto.
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(Publicado pelo portal Imprensa, em 16/6/2019.)
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[17/6/19]