New York Times registra lucro de US$ 24 mi graças a assinaturas digitais

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Jacklyn Peiser, The New York Times. Tradução de Terezinha Martino.

O The New York Times continuou seu avanço na área digital no segundo trimestre de 2018, com mais 109 mil assinantes online. Com esse aumento as receitas cresceram, contrabalançando o declínio da publicidade no jornal impresso.

Segundo a companhia, a receita obtida com as assinaturas digitais aumentou para US$ 99 milhões no segundo trimestre, um salto de quase 20% comparado com o mesmo período do ano anterior. No segundo trimestre, a receita total aumentou 2%, para US$ 415 milhões, com um lucro de quase US$ 24 milhões.

O Times tem agora 2,9 milhões de assinantes digitais, de um total de 3,8 milhões.

“As assinaturas online representaram quase 2/3 das receitas da companhia, uma tendência que deve continuar, esperamos”, disse Mark Thompson, diretor executivo em comunicado, “Continuamos acreditando que há um espaço muito grande para expandir substancialmente essa base”.

Outras receitas da companhia aumentaram 40% no segundo trimestre, em grande parte o resultado do acordo firmado para impressão e distribuição das publicações da Newsday. Outras fontes de receita incluíram o aluguel de mais quatro andares do edifício sede do jornal em Nova York e o sucesso do Wirecutter, website de resenhas e recomendações adquirido pelo jornal em 2016.

Mesmo com o aumento das assinaturas digitais, a companhia registrou um declínio de 10% nas receitas de publicidade, com o montante obtido com anúncios digitais caindo 7,5%, para US$ 51 milhões. Quanto aos anúncios na publicação impressa, a receita no segundo trimestre sofreu uma queda de 11,5%, para US$ 68 milhões.

O segundo trimestre de 2017, durante o qual a publicidade digital teve um aumento de 23% foi um caso à parte, estimulado em parte pelo chamado chamado Trump Bump (Impacto Trump).

“Este é um trimestre moderado para a publicidade digital, como prevíamos, mas estamos confiantes de que retornaremos a um crescimento vigoroso no terceiro trimestre”, disse Thompson.

O lucro operacional no segundo trimestre subiu de US$ 26,5 milhões, em 2017, para US$ 40 milhões. O lucro operacional ajustado, método preferido da companhia para avaliar seu desempenho, diminuiu no segundo trimestre para US$ 59 milhões, comparado com os US$ 65 milhões contabilizados no ano anterior.

O custo operacional caiu para US$ 373 milhões, quase seis milhões de dólares a menos do que no segundo trimestre de 2017, em razão de gastos menores com rescisões, contrabalançados em parte por despesas maiores com marketing, e com o crescimento da impressão comercial.

Thompson disse que a receita total das assinaturas deve continuar a crescer. A companhia espera também um aumento de 10% da propaganda digital no próximo trimestre e uma queda na receita geral de publicidade.

O podcast The Daily também foi uma ferramenta bem sucedida para atrair um público mais jovem para o jornal.

“O The Daily é um sucesso”, disse Meredith Kopit Levien, vice-presidente executiva e diretora operacional da companhia. “Temos muitas evidências indicando que o formato do The Daily deixa as pessoas mais inclinadas a se conectar com nossa plataforma”.

Thompson também está otimista que o próximo programa de TV em conjunto com FX e Hulu, chamado The Weekly terá impacto similar.

“Esperamos que o The Weekly leve o jornalismo do Times para novas audiências, o que deve gerar uma receita substancial e ajudar a aumentar as assinaturas da nossa oferta digital de opinião e notícias”, disse ele.

(Publicado no Estadão em 8/8/2018. Foto: Pixabay.)

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[10/8/10]

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