Em mediação no Ministério do Trabalho, Hoje em Dia promete pagar retroativo

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Representantes dos Sindicatos dos Jornalistas, dos Empregados na Administração e dos Gráficos reuniram-se nesta segunda-feira 13/2, das 10h30 às 13h, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) com representantes do jornal Hoje em Dia para tratar de descumprimentos da legislação trabalhista por parte da empresa, em especial o não pagamento do retroativo do reajuste salarial de 2016/2017. Também foram discutidas a mudança de sede do jornal, que no sábado passado, 11/2, se transferiu do bairro Santa Efigênia para o bairro Prado, e a proposta de Programa de Demissão Voluntária (PDV), que a empresa apresentou e depois voltou atrás. Nova assembleia dos jornalistas está marcada para esta terça-feira 14/2, às 15h, na redação.

O jornal foi representado pelo advogado Gustavo de Aquino Leonardo Lopes e pelo diretor Thiago Queiroz Borges Muniz. Thiago é filho do empresário e ex-prefeito de Montes Claros Ruy Muniz, proprietário da empresa Edminas, que publica o jornal. Foi a primeira vez que um representante da nova direção da empresa, que assumiu há um ano, compareceu a uma reunião com sindicatos dos trabalhadores.

O diretor afirmou que a empresa pretende investir no jornal e abrir sucursais em Uberlândia e Montes Claros. Disse que o jornal tinha até o fim do ano passado para desocupar a antiga sede, por isso mudou para o imóvel onde já funcionam empresas do mesmo grupo (a escola Promove). Alegou também que houve um erro de entendimento sobre o PDV, que teria de ser discutido com os sindicatos dos trabalhadores, o que não foi feito, e que por isso retirou a proposta. Informou que a empresa não fará muitas demissões.

Retroativo

Thiago Muniz informou que o reajuste salarial e a primeira parcela do retroativo (um terço) serão pagos junto com o adiantamento do pagamento de fevereiro e que as duas outras parcelas do retroativo serão pagas com o salário de fevereiro.

Os sindicatos denunciaram que as mensalidades e contribuições assistenciais estão sendo descontadas dos trabalhadores e não estão sendo repassadas aos sindicatos. Solicitaram que sejam encaminhadas as guias assim que forem quitadas. A empresa pediu prazo para levantamento da situação e informação aos sindicatos, e terá cinco dias para isso.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Kerison Lopes, solicitou que as assembleias continuem a ser feitas na redação, uma vez que, após a assembleia realizada quarta-feira passada 8/2, Thiago Muniz proibiu novas assembleias naquele espaço. O diretor aceitou, desde que haja comunicação prévia. Assim, está marcada para esta terça-feira 14/2, às 15h, na redação da nova sede, assembleia para repassar informações aos trabalhadores e definir os próximos passos da luta contra o descumprimento da legislação trabalhista pelo jornal.

“Houve um avanço nas negociações dos sindicatos com a empresa, que estavam bastante estremecidas” avaliou Kerison Lopes. “Foi a primeira vez que um representante da família Muniz e da nova direção do jornal participou e ele anunciou a expansão do jornal para o interior. É importante que a empresa se fortaleça e cresça, mas deve fazer isso respeitando a legislação trabalhista e fazendo os acertos com os demitidos, o que até hoje não aconteceu”, acrescentou.

Os sindicatos dos trabalhadores movem diversas ações na Justiça contra o Hoje em Dia por descumprimento da legislação trabalhista nos últimos anos, tanto pela diretoria atual como pela diretoria anterior. Em fevereiro e março de 2016, a Ediminas demitiu aproximadamente metade da redação e não fez os acertos.

Na foto, representantes dos sindicatos dos trabalhadores e representantes do Hoje em Dia em reunião na SRTE.

[13/2/17.]

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