Sindicato repudia intimidação dos trabalhadores dos Diários Associados

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Os Diários Associados preparam uma ofensiva contra a ação movida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais contra a redução ilegal dos salários. O julgamento da ação em primeira instância está previsto para o próximo dia 25. Antes desse prazo, o grupo tenta conseguir – fazendo pressão e reuniões fechadas com os editores – a adesão dos trabalhadores a um acordo que indeniza pelo corte ilegal dos vencimentos.

As indenizações seriam pagas em até 48 meses e somente pelos últimos cinco anos trabalhados. No caso dos repórteres 1, que perderam cerca de R$ 1.500 nos vencimentos mensais, a indenização corresponde a cerca de dois salários e meio atuais ou, em valores exatos, 24 parcelas de R$ 301,53. Trabalhadores com 40 anos de casa vão receber 48 parcelas de cerca de R$ 270. E o acordo deve se homologado por um advogado contratado pelo próprio trabalhador. O grupo se compromete a pagar até R$ 500 das despesas para a homologação. A diferença acima desse valor deve ser paga pelo próprio jornalista. A proposta de adesão ao acordo foi entregue nesta segunda-feira 17/10.

O Sindicato repudia mais uma vez essa prática corriqueira de intimidação dos Associados e orienta os trabalhadores a não assinar nenhum documento. A intenção do grupo é usar esses acordos para invalidar a ação que tramita na Justiça do Trabalho e que deve ter sentença nos próximos dias. Na época em que o décimo terceiro não foi pago, a empresa usou a mesma tática de exigir adesão do trabalhador a um termo no qual ele abria mão da ação na Justiça, ainda em tramitação, que cobra o pagamento do vencimento natalino, que até hoje não foi pago para todos os jornalistas, e a multa de 50% pelo atraso.

A redução salarial é um prejuízo enorme não só para os trabalhadores dos Associados, mas para toda a categoria, pois retira dos jornalistas uma conquista histórica que é a jornada de sete horas, além do risco de calote.

A empresa não honra nenhuma das dívidas assumidas. Não paga FGTS, apesar de ter assinado um acordo na Justiça; recolhe Imposto de Renda e não repassa para a Receita Federal, deixando todos os trabalhadores na malha fina e sem restituição; não paga os acordos de processos trabalhistas já transitados em julgado; não repassa vale-transporte em dia; não paga férias desde o começo do ano; não paga com regularidade o plano de saúde, que vira e mexe está suspenso.

Chega de intimidação!

Luta jornalista!

 

17/10/16

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