Campanha Salarial 2016 conjunta: radialistas entram com Dissídio Coletivo e sindicatos farão assembleias nas empresas

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Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira 7/7 na Casa do Jornalista, os Sindicatos dos Jornalistas, dos Gráficos, dos Radialistas (Sintert-MG) e dos Empregados na Administração de Jornais e Revistas (Sinad) decidiram intensificar a campanha salarial conjunta das quatro categorias com realização de assembleias nas portas das empresas. O Sindicato dos Radialistas entrou com pedido de dissídio coletivo e os outros três sindicatos poderão acompanhá-los.

O pedido de dissídio dos radialistas foi feito depois de seis meses de negociações infrutíferas com os patrões, que oferecem reajuste de 5%, pouco mais da metade da inflação do período. “A categoria recusou a proposta patronal e depois da última reunião no Ministério do Trabalho o Sindicato não teve outra opção senão entrar com o pedido de dissídio”, disse Dalton Reis, diretor do Sintert-MG. A decisão agora caberá à Justiça do Trabalho.

A mesma situação é enfrentada pelas demais categorias. Aos jornalistas, cuja data-base é a mesma da dos radialistas, 1º de abril, os patrões de rádio e TV ofereceram também 5%; jornais e revistas ainda não apresentaram nenhuma contraproposta.

Aos empregados na administração de jornais e revistas, cuja data-base é 1º de julho, a proposta foi ainda pior. “Nesta segunda-feira tivemos uma reunião com os representantes patronais na Casa Amarela e eles ofereceram um índice muito aquém da inflação, de 2%”, informou o diretor do Sinad Emílio Silva.

Os gráficos, que têm data-base em 1º de junho e entregaram sua pauta de reivindicações em abril, ainda não conseguiram sequer se reunir com representantes do sindicato patronal. “A primeira reunião, marcada para esta semana, foi desmarcada, remarcada e novamente desmarcada”, contou o diretor do sindicato José Aparecido Ferreira.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Kerison Lopes, considerou a reunião foi muito importante, pois todos os sindicatos demonstraram disposição de luta. “Os radialistas tiveram de recorrer ao dissídio e pode ser que as outras categorias não tenham outra alternativa também”, avaliou. “Só a mobilização pode garantir a reposição das perdas salariais que tivemos e a participação dos trabalhadores é muito importante para mudar a posição dos patrões”, disse.

À instransigência dos patrões para negociar soma-se a série de desrespeitos a direitos e até corte ilegal nos salários, como aconteceu com os trabalhadores dos Diários Associados. Tudo isso vem sendo objeto de diversas ações dos sindicatos na Justiaça do Trabalho.

Mobilização conjunta para defender direitos!

Nenhum direito a menos!

Aumento de salários já!

 

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