Morre jornalista Nivaldo Resende

Minas Gerais perdeu mais um jornalista para a pandemia. Nivaldo Resende, jornalista do Diário do Aço e integrante da Academia de Letras de Ipatinga, faleceu hoje aos 67 anos. Ele estava internado desde sexta-feira para tratamento de complicações causadas pela covid-19.

Nivaldo era revisor da versão impressa do diário, editor da página de Cultura e Entretenimento e também o responsável pelos suplementos cadernos especiais do jornal. Desde o começo da pandemia, Nivaldo, que fazia parte do grupo de risco, trabalhava de casa, e era um ferrenho defensor das medidas de isolamento social .
Nascido em Ritapólis e criado em São João Del-Rei, Nivaldo foi assessor de Comunicação da CDL e do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga. Também trabalhou na Usiminas, foi diretor do Clube de Escritores de Ipatinga e membro fundador da Academia de Letras, Artes e Ciências do Brasil de Mariana. Tinha dois livros publicados – Papo de Peão (1997) e A Morte Oval (2001).

Sua passagem causou enorme tristeza nos amigos que lembraram de sua generosidade com os focas e seu enorme amor pela cultura e pelas letras, especialmente de Ipatinga, cidade que adotou para viver e aonde formou sua família.
Em função da pandemia, não houve velório, mas um cortejo seguiu o corpo de Nivaldo até o Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga. Nivaldo deixa a esposa Maria Alice e três filhos, Anelise, Andressa e Francisco, já falecido.

Confiram depoimentos de amigos

Pessoa de um coração imenso, Nivaldo deixou a marca da generosidade também na sua vida profissional. Era um jornalista sempre disposto a compartilhar saberes, a oferecer ajudar a quem precisasse e a realizar projetos em prol da sociedade. Curioso, inquieto e superativo, inspirava muito com sua grande dedicação ao jornalismo e com seu zelo com as palavras. Um profissional e amigo que será lembrado sempre com profundo carinho e respeito.
Thais Dutra – Assessoria de imprensa do MPMG

Conheci o Nivaldo em 1991, logo no começo de minha caminhada. Ele ouvia os noticiários da Eldorado FM e elogiava meu estilo. E claro, foi logo me dando dicas preciosas, lembrando do seu começo em São João Del Rey e depois pelo período que passou no RJ, onde trabalhou com Carlos Monforte, não lembro se na rádio Mundial (860) ou Jornal do Brasil (940). E ele me disse para ouvir essas emissoras de madrugada, pois o sinal delas chegava aqui e tinha muita coisa que poderia servir para a Eldorado. E ela estava certo.

Ao longo de todos esses anos não tive o privilégio de trabalhar com ele na mesma redação, mas sempre nos encontrávamos, trocávamos ideias, jogávamos conversa fora, etc. Me lembro de seu drama com a doença do filho mais novo. Dos relatos que ele fazia do tratamento no Facebook, dos avanços, dos retrocessos e de quando o garoto foi vencido pelo câncer. Não me lembro da última vez que nos encontramos, mas ficará em minha mente e coração a lembrança de um companheiro e colega maravilhoso. Que Deus o receba em sua Glória!
Marcelo Luciano – Jornalista do Portal Negócios Já

Nivaldo sempre foi um ser humano sincero, verdadeiro; um amigo leal,mestre humilde de conselhos e palavras intensas, certeiras e bem-humoradas; com um olhar especial sobre a vida e uma capacidade bela de compartilhar.
Rudson Vieira, assessor de imprensa da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga (AAPI).

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Um comentário

  1. Nivaldo deu sua contribuição em defesa da vida, em favor da promoção da saúde. Ajudou a contar pro mundo o quanto é necessário se proteger do novo vírus que o colocou na lista dos bons que se foram. Nivaldo deixa uma saudade boa.

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