Violência da ditadura militar contra jornalistas cearenses é tema de documentário

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O documentário “Memórias Reveladas: os jornalistas cearenses vítimas da ditadura militar 1964/1985”, da diretora Marilena Lima, será lançado na próxima quinta-feira 21/1, às 19h, em solenidade virtual organizadas pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce). Com depoimentos de profissionais da imprensa perseguidos pela ditadura no estado e baseado em informações coletadas pela Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas do Ceará, o filme é uma crítica contundente à adesão das empresas jornalísticas cearenses ao golpe de 1964, à custa da profissão e dos seus profissionais.

“É apenas um breve recorte de histórias e fatos tristes vivenciados por jornalistas no exercício profissional, e que há oito anos pareciam coisa do passado”, disse Marilena Lima, que também é jornalista, numa referência à crescente violência contra jornalistas no Brasil atual.

A produção começou em 2013 e foi finalizada com recursos do fomento da Lei 14.077 – Lei Aldir Blanc, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza e apoio do Sindjorce, da Fenaj e de profissionais vítimas de perseguição, prisões e torturas. .

Com duração de 26 minutos, o documentário revela os bastidores da imprensa durante o regime ditatorial 1964-1985 no Ceará. Mostra que o golpe militar de 1964 foi apoiado pelo coronelismo no Ceará e que a chamada grande imprensa se encarregou de legitimar as ações truculentas da repressão. Editoriais dos jornais demonizavam os movimentos sociais que se levantavam contra a ditadura, enquanto as redações eram ocupadas por censores que criavam um ambiente de trabalho hostil e desumano.

Após a solenidade de lançamento, o filme será exibido, com transmissão ao vivo pelas redes sociais do Sindicato no Facebook e no YouTube.

(Publicado pelo Sindijorce.)

[18/1/21]

 

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