Perfil dos jornalistas em São Paulo: emprego encolhe

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Levantamento do Dieese feito para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo mostra o efeito para a categoria da crise que atinge os veículos, sobretudo os impressos.

Por Paulo Zocchi, presidente do SJSP

Os jornalistas de São Paulo perderam 3.368 empregos com registro em carteira de 2013 a 2018, segundo recente estudo feito pelo Dieese para o Sindicato. É uma redução de quase 20% no mercado formal de trabalho da categoria, em seis anos: de 16.972 vagas para 13.604. Com isso, o total de empregos voltou ao patamar de dez anos antes (veja gráfico). Considerando-se que a categoria no Estado é estimada em 42 mil profissionais, cerca de 8% ficaram desempregados nesse período, e apenas um terço dos jornalistas mantêm empregos com registro em carteira no setor.

O segmento mais atingido foram as empresas de jornais e revistas, área na qual o emprego formal diminui de forma consistente desde 2010 (quando havia 3.507 jornalistas empregados), e que, de 2013 a 2018, perdeu 2.174 vagas (passando de 3.347 para 1.173). A redução acelerou-se nos dois últimos anos, e deu um salto em agosto de 2018, quando a Editora Abril, de uma só vez, colocou na rua cerca de 150 jornalistas (no bojo de 800 demissões, incluindo gráficos e administrativos).

O setor de rádio e televisão manteve estável o seu nível de emprego nos últimos anos, e responde hoje por quase um quarto dos jornalistas contratados no Estado, contra apenas 8,6% que estão hoje na mídia impressa (veja o gráfico). O fato de a internet aparecer com apenas 3,5% dos empregos sugere uma informalidade ou subnotificação do registro jornalístico no setor, cujo crescimento se nota por quem acompanha o noticiário cotidiano.

Clique AQUI para ler a íntegra.

(Publicado pelo SJSP.)

[5/2/20]

 

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