Twitter impõe proibição global da propaganda política na sua plataforma

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O líder da empresa, Jack Dorsey, diz que a decisão busca evitar os “riscos” trazidos pelos algoritmos para o debate público.

Pablo Ximénez de Sandoval, El País , Los Angeles, 31/10/19

A rede social Twitter, um dos maiores símbolos de como a Internet mudou as regras da política em todo o mundo na última década, proibirá a propaganda política na sua plataforma. O anúncio foi feito pelo fundador e executivo-chefe da empresa, Jack Dorsey, numa série de mensagens nas quais argumentava que “o alcance de uma mensagem política deveria ser algo que se ganha, não que se compra”. A decisão é radicalmente oposta à atitude do Facebook, que há poucas semanas deixou claro que admite disponibilizar suas ferramentas para qualquer campanha, sem assumir a responsabilidade por eventuais desinformações.

“Uma mensagem política ganha influência quando as pessoas decidem seguir uma conta ou retuitá-la. Pagar para ter mais alcance elimina essa decisão e obriga as mensagens políticas a serem otimizadas e direcionadas. Acreditamos que esta decisão não deveria ser condicionada pelo dinheiro”, diz Dorsey.

“Embora a publicidade na Internet seja incrivelmente poderosa e muito efetiva para os anunciantes comerciais, esse poder acarreta riscos importantes na política, onde pode ser utilizada para influenciar os votos e afeta a vida de milhões de pessoas”, prossegue o executivo do Twitter.

A evidência de que redes sociais como Twitter e Facebook são um novo ator no discurso político, com uma influência que pode chegar a mudar o rumo de países inteiros em pouco tempo, se tornou patente em 2016. Naquele ano o mundo assistiu ao triunfo eleitoral de três movimentos que surpreenderam a política tradicional: a candidatura presidencial de Donald Trump, a campanha pelo Brexit e a campanha contra o acordo de paz na Colômbia. Todas elas conseguiram mobilizar bolhas muito específicas, que as redes permitem identificar com precisão cirúrgica, e cujas intenções não são detectadas no radar das pesquisas e da política mainstream.

Clique AQUI para ler a íntegra da matéria.

(Crédito da foto: Carlos Rosillo / El País.)

 

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[31/10/19]

 

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