Jornalistas da Rede Minas conquistam jornada de 30 horas semanais

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Decreto do governador Fernando Pimentel adequou a jornada de trabalho dos jornalistas da Rede Minas de Televisão para 30 horas semanais, conforme estabelece a legislação trabalhista. O decreto 47.324 foi publicado no Diário Oficial do estado no dia 29 de dezembro de 2017 e já está sendo cumprido. A adequação faz parte do acordo entre trabalhadores e governo, que encerrou a greve na Rede Minas e na Rádio Inconfidência, em outubro do ano passado. Também a jornada dos radialistas, que varia de 30 a 40 horas semanais, conforme a função, foi regulada pelo decreto.

“Foi uma grande vitória dos jornalistas mineiros”, avaliou Brenda Marques Pena, jornalista concursada da Rede Minas, diretora do Sindicato dos Jornalistas e da Asprem – Associação dos Servidores da Rede Minas. “Essa conquista aconteceu graças à mobilização conjunta dos trabalhadores da Rede Minas e da Rádio Inconfidência, que culminou na greve, em outubro do ano passado”, disse. (Leia clicando aqui.)

Ela explicou que o concurso público realizado para a Rede Minas pelo governo passado estabeleceu jornada de 40 horas para jornalistas e radialistas, mesmo sabendo que ela era ilegal. Desde então os profissionais aprovados no concurso lutavam pela adequação da jornada, o que foi finalmente conseguido com a mobilização dos trabalhadores em 2017.

O Sindicato foi protagonista nessa mobilização, juntamente com a Asprem, o que mostra que a nova diretoria assumiu a entidade para lutar pela categoria, enfatizou Brenda. “Cada vitória dá esperança para uma profissão que está tão desvalorizada e serve de exemplo para outros jornalistas”, disse.

Ela ressaltou que a luta continua, pela valorização dos jornalistas da Rede Minas e da Rádio Inconfidência, pela elevação dos salários, que estão muito baixos, e pela resposição do quadro de servidores, com realização de novo concurso público, entre outras reivindicações. Muitos trabalhadores deixaram a emissora, em função dos baixos salários e da jornada de trabalho excessiva.

“Perdemos mais de 70 profissionais nesses três anos. Sem a redução da jornada, a perda com certeza saída seria maior e tornaria a tevê inviável”, disse Brenda. Outro motivo de insatisfação foi o parcelamento do 13º pago, que está sendo pago em quatro vezes, de janeiro a abril.

O clima na emissora, que estava tenso, com a demora de publicação do decreto, melhorou, segundo Brenda. “Começamos o ano respirando outro ar, com programas novos, de qualidade, que estão entrando na grade, como Voz Ativa”, disse.

Voz Ativa é um programa de entrevistas que vai ao ar nas noites de segunda-feira, em parceria com o jornal El País, com apresentação de Florestan Fernandes Júnior e retransmissão por outras emissoras do país.

[5/2/18]

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