Campanha Salarial 2017 para radialistas e jornalistas: patrões querem cortar abono

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No ambiente de ataque aos direitos dos trabalhadores, os patrões estão se sentindo muito à vontade para apresentar propostas indecentes na negociação salarial deste ano. Na primeira rodada de negociação (foto) dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas com o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Minas Gerais, que representa as emissoras da capital, realizada nesta terça-feira 4/4/17, eles ofereceram reajuste de apenas 2% e ainda redução do valor do abono. E isso apesar de admitirem que a situação financeira das empresas melhorou muito em relação ao ano anterior.

A situação das empresas melhorou, segundo os próprios representantes patronais, porque tanto o governo estadual quanto o governo federal aumentaram seus gastos com veiculação de publicidade. O governo Temer aumentou exponencialmente os gastos publicitários em televisões e rádios. O governo estadual também está gastando com publicidade este ano bem mais do que no ano passado, já que concluiu a licitação com agências de publicidade.

Isso no entanto não é suficiente para sensibilizar os patrões. Sua proposta é a mesma para radialistas e jornalistas: reajuste de 2% tanto nos salários e no piso.

Para jornalistas que trabalham em rádio, isto representa aumento de R$ 39,66 no piso. Para jornalistas que trabalham em televisão, cujo piso é um pouco maior, o aumento seria de R$ 42,92.

No caso dos radialistas que atuam em rádio a proposta representa um aumento de R$ 27,96. Já para os radialistas que atuam em televisão, o aumento seria de R$ 32,47.

O absurdo não para por aí. No caso do abono a crueldade é maior. A proposta patronal é de reduzir o valor pago no ano anterior (R$ 2.100), tanto para radialistas quanto para jornalistas.

Na proposta patronal para rádio, o abono seria de R$ 1.000 nas empresas com 1 a 25 empregados; R$ 1.500 nas empresas com 26 a 50 empregados e R$ 2.000 nas empresas com mais de 50 empregados.

Nas empresas de televisão, os valores seriam: R$ 1.000 nas empresas com 1 a 50 empregados; R$ R$ 1.500 nas empresas com 51 a 100 empregados e R$ 2.000 nas empresas com mais de 100 empregados.

Tais propostas demonstram mais uma vez a política deliberada dos patrões de provocarem achatamento salarial e retirarem dos trabalhadores todos os avanços obtidos na última década.

Podemos aceitar esse absurdo?

Os Sindicatos dos Radialistas e Jornalistas convocam a categoria a se mobilizar para impedir mais retrocessos e garantir um reajuste salarial digno.

[4/4/2017]

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