Em Campinas (SP), jornalistas anunciam paralisação do trabalho por atrasos no pagamento

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Com contas atrasadas e sem dinheiro até pra comer devido aos recorrentes atrasos nos pagamentos, os jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (Campinas-SP) anunciam que irão paralisar suas atividades nesta sexta-feira (1º de julho de 2016), das 17h às 19h, como forma de protesto. Os atrasos atingem não somente os 55 profissionais da Redação (número aproximado), responsáveis pela produção de conteúdo dos jornais Correio Popular, Notícia Já, Revista Metrópole e Portal, mas todos os funcionários da empresa.

O pagamento do adiantamento salarial está atrasado desde o dia 20 de junho. Não bastasse a ilegalidade da contratação de “frilas-fixos”, estes profissionais ficaram sem ver nem um centavo por quatro meses! Os atrasos no pagamento dos salários, adiantamento e vale-refeição vêm ocorrendo desde fevereiro, por isso, já foram realizadas outras mobilizações dos jornalistas. No início de abril, eles decretaram estado de greve e interromperam as atividades por uma hora.

Assédio moral e desespero

Há informações também de que as férias não estão sendo pagas e o FGTS não é recolhido há quase dois anos! Relatam, ainda, o desrespeito pela direção da empresa a praticamente todos os direitos trabalhistas e a ocorrência de perseguição velada da chefia, denunciando a interferência no direito de mobilização e possível prática de assédio moral contra trabalhadores. A situação entre os colegas é um misto de inconformismo e indignação. “O Sindicato está apoiando, mas não avançamos para uma solução. Está uma calamidade!”, dizem.

A direção da Regional Campinas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo foi procurada para falar das ações da entidade diante do problema, mas não retornou até o fechamento dessa nota. Na edição mais recente do Unidade (jornal do Sindicato, de maio/junho), a entidade informa da tentativa de diálogo com a empresa, proposta por jornalistas em uma das assembleias de mobilização, e da não abertura da direção, que justifica a situação por problemas financeiros, mas não dá acesso à sua contabilidade.

Mais uma vez, manifestamos nossa total solidariedade aos jornalistas e todos os trabalhadores e trabalhadoras da RAC e nossa disposição em apoiar ações de mobilização.

(Publicado no saite do Coletivo de Jornalistas de Campinas.)

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