Acusado de matar fotógrafo no Vale do Aço é condenado a 14 anos e 3 meses de prisão

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O acusado de matar o fotógrafo Walgney Assis de Carvalho, Alessandro Neves Augusto, de 34 anos, foi condenado a 14 anos e três meses prisão. Inicialmente, o condenado deverá cumprir a pena em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade.

Augusto, conhecido como “Pitote”, começou a ser julgado pelo Tribunal do Júri de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, na manhã desta quarta-feira (19/8/15) e a condenação só saiu no fim da tarde. Ele já foi condenado, em junho deste ano, pelo assassinato do repórter policial Rodrigo Neto de Faria.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o condenado atirou no fotógrafo em 14 de abril de 2013, por volta das 22h, em Coronel Fabriciano. O réu foi julgado por seis homens e uma mulher. Apenas o delegado responsável foi ouvido como testemunha. O réu preferiu se manter em silêncio e não respondeu a nenhum questionamento.

Conforme o inquérito policial, a vítima atuava como fotógrafo “freelance”, fornecendo imagens de locais de crime para a Polícia Civil e jornais da região. Após o assassinato do repórter Rodrigo Neto de Faria, em 8 de março de 2013, em Ipatinga, na mesma região, o fotógrafo teria comentado com diversas pessoas e em diversos locais que tinha conhecimento da autoria do crime.

A denúncia informa ainda que Augusto, amedrontado com as revelações que o fotógrafo pudesse fazer, resolveu matá-lo como “queima de arquivo”. Consta também que na data do crime o réu dirigiu-se ao pesque e pague São Vicente, em Coronel Fabriciano, local que o fotógrafo costumava frequentar, munido da mesma arma de fogo calibre 38 utilizada no assassinato de Rodrigo Neto. Com o rosto encoberto, aproximou-se repentinamente da vítima e atirou, atingindo-lhe a cabeça e o tórax.

Ainda segundo a denúncia, Augusto se apresentava como agente penitenciário e policial civil, sem que exercesse essas funções legalmente. Ele tinha acesso a delegacias de polícia, havendo indicativos de que era integrante de grupo de extermínio na região. O repórter Rodrigo Neto investigava a atuação desse grupo.

Em 19 de junho deste ano, ele foi condenado a 16 anos de reclusão, em regime fechado, em julgamento realizado pelo Tribunal do Júri de Ipatinga, pelo homicídio qualificado do repórter e pela tentativa de homicídio de um amigo que se encontrava com ele. O juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, que presidiu o júri, negou ao réu o direito de recorrer em liberdade.

O policial Lúcio Lírio Leal, que participou com Augusto do crime contra o repórter, foi condenado em 29 de agosto de 2014 em julgamento também no Tribunal do Júri de Ipatinga. Na ocasião, foi determinada a perda do cargo de investigador de polícia, exercido por Leal antes de sua prisão, e negado o direito de recorrer em liberdade.

Fonte: O Tempo

Foto: Vander Andrade/Diário do Aço

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